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Arcoverde,30/04/2024

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Cresce a procura de jovens por planos de assistência funeral

Cresce a procura de jovens por planos de assistência funeral


Cresce a procura de jovens por planos de assistência funeral

Serviço garante planejamento e reduz complicações nessa fase delicada da vida


Em meio às incertezas da vida, que nos fazem refletir algumas questões como a possibilidade de despesas extras com a partida de um ente querido, começou a crescer o número de consumidores, principalmente mais jovens, interessados em planos de assistência funeral. A faixa etária representa, em média, 10% do público acobertado pelas empresas que prestam esse tipo de serviço, que tem como objetivo otimizar burocrarias e também oferecer planejamento para essa fase da vida.
 
O falecimento envolve custos e um funeral básico custa em média R$ 2.400, sem levar em consideração as despesas com o sepultamento ou cremação. Diante disso, um planejamento financeiro se faz necessário para muitas famílias. “O planejamento é uma maneira de cuidar daqueles que amamos, mesmo quando não estamos mais presentes, é uma forma de aliviar encargos emocionais e financeiros para os familiares. Um gesto de expressar amor e cuidado além da vida, proporcionando segurança e tranquilidade para aqueles que são mais importantes para nós”, destaca o gerente comercial do Grupo Morada, Jarlyson Rocha.

De acordo com o gerente comercial, 14,43% das vidas cobertas pelo Morada da Paz Essencial, assistência funeral, em Pernambuco, se enquadram no perfil de pessoas jovens, de 18 a 25 anos. Porém, os clientes que mais procuram o plano ainda estão na faixa etária entre 40 e 69 anos. “O aumento nas vendas de planos funerários para jovens é atribuído a uma abordagem inovadora e sensível que adotamos. Destacamos a importância do planejamento financeiro desde cedo, oferecemos opções flexíveis e personalizadas, e adotamos uma comunicação eficaz que reflete com a realidade dos jovens”, afirma.
 
Esse é o caso da vendedora Leylla Gomes, de 22 anos, que recentemente adquiriu um dos planos oferecidos pela assistência funeral Morada da Paz Essencial, após a morte do seu avô. “Naquele momento, eu e minha mãe precisamos, mas não tínhamos e quando precisarmos, futuramente, espero que daqui a muitos anos, a situação será diferente”, fala. “É meio complicado lidar com os trâmites de um funeral quando não se tem um plano funerário. Do contrário, fica menos sofrido para quem já está enfrentando um momento muito delicado. Não sabemos o dia de amanhã. Tenho a minha avó idosa em casa e nós nunca saberemos quando será preciso acionar o plano”, completa.

Esse avanço também foi percebido pelo Grupo Zelo. De acordo com o levantamento da empresa, atualmente 6% dos clientes de planos funerários em Pernambuco estão abaixo dos 40 anos. Porém, se tratando do recorte dos planos adquiridos no primeiro trimestre deste ano, a empresa obteve 21% dos novos clientes na faixa etária até 40 anos. Comparando esse período com o primeiro trimestre de 2023, houve alta de 3,5% nesse volume de contratações. No ano passado, 17,8% dos novos clientes em Pernambuco tinham menos de 40 anos.
 
Para o diretor de Operações e sustentabilidade do Grupo Zelo, Roberto Toledo, a pandemia da Covid-19 aumentou o interesse das famílias em se precaverem diante da possibilidade de ter uma despesa inesperada. "Há um crescimento constatado dentro da nossa gestão nos últimos tempos, percebemos a entrada de pessoas com menos de 40 anos em um percentual progressivamente maior. Avaliamos que, a partir da ocorrência da pandemia, muitas famílias se depararam com situações inesperadas e foram surpreendidas com a necessidade de custear valores com o funeral de seus familiares e muitos deles não tinham nenhuma cobertura para isso", ressalta.

Ainda segundo o diretor, em 2016, após a aprovação da Lei 13.261, legislação que regulamento os planos funerários no Brasil, o próprio setor começou a se organizar de forma mais profissional e isso também foi um atrativo para a geração mais jovem. "Com a regulamentação do produto, também se entrega uma maior segurança jurídica para os consumidores e o público menor de 40 anos é muito antenado, principalmente em relação ao que circula nos meios de informação digitais. Muitas dessas pessoas foram afetadas pela situação vivenciada na pandemia e hoje, com amplo acesso à informação, elas têm procurado por esse serviço para se resguardarem", comenta Roberto Toledo. Ele reforça também que há uma expectativa para o crescimento, nos próximos anos, pela procura desses planos pelos consumidores mais jovens.
 
A base de clientes, no Brasil, do Grupo Zelo hoje possui hoje 8% dos consumidores na faixa etária até 40 anos. O dado revela que o cenário de Pernambuco está alinhado à tendência nacional nesse aspecto. A empresa foi criada em 2017 em Belo Horizonte e Minas Gerais e atua hoje em 14 estados, além do Distrito Federal. Em 2021, no ápice da pandemia, os planos e serviços chegaram ao Estado de Pernambuco.
 
Já o Memorial Vale da Saudade, possui aproximadamente 10% do seu público na faixa etária entre 21 e 40 anos. A empresa atua nos estados da Bahia, Paraíba e Pernambuco. Para a gestora do setor Comercial e de Marketing da empresa, Rosângela Pinheiro, um dos fatores que pode ter contribuído para esse movimento é que hoje os planos funerários contemplam mais vantagens do que antigamente. "São planos funerários, porém com benefícios em vida. Em momentos de perda as pessoas podem contar com grupos de apoio terapêutico. Além disso, os planos também oferecem descontos em farmácias, cursos e cinema. Então, os planos do Vale da Saudade, eles contemplam também esses benefícios", afirmou.

De acordo com a especialista em luto do Morada da Paz, Simône Lira, os jovens também devem se preocupar e se “preparar” para esse momento. “Ao contrário do que possamos imaginar, planejar nosso velório, definir em que urna desejamos ser velados, o tipo de ornamentação, se desejamos ser cremados ou sepultados e tudo que envolvem as decisões de fim de vida pode ser sinônimo de qualidade de vida e qualidade de morte. Para muitos, a garantia de que estamos partindo sem gerar pendências aos nossos parentes e amigos proporciona uma sensação de alívio e paz em nosso processo de morrer”, afirma.
 
“Acontece que em nossa cultura tentamos camuflar que existir enquanto ser vivo nos coloca em condição de finitude. Pessoas mais jovens não encontram espaço para falar sobre o tema como se a morte fosse algo tão contagioso que falar sobre ela a atrai para perto de nós. Talvez esqueçamos de que ela é a nossa fiel companheira desde o nosso nascimento, essa é a nossa condição de ser vivo e não uma escolha”, finaliza.





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